Em
nossa igreja, sabemos que muitos que frequentam os nossos cultos têm estilos de
vida questionáveis, hábitos pecaminosos e até mesmo má reputação pública. Isso
não nos incomoda. Fazemos uma distinção entre a multidão (frequentadores não-comprometidos)
e a congregação (nossos membros). A congregação, e não a multidão, é a igreja.
O culto da multidão é aquele no qual os membros podem trazer os seus amigos não
crentes, para
quem eles têm testificado pessoalmente.
Há
uma diferença no tratamento dos membros e frequentadores da Igreja
Aplicamos diferentes padrões de conduta
para membros e frequentadores. Dos membros de nossa igreja esperamos que sejam seguidas as normas de
vida do nosso pacto de membresia. Aqueles que se engajam em atividades imorais estão sujeitos à
disciplina da igreja. Os não-crentes da multidão não estão sujeitos à
disciplina porque eles não fazem parte da família de
nossa igreja.
Paulo
fez essa distinção bem clara em 1 Coríntios 5:9-12:
"Já por carta vos escrevi que não
vos associásseis com os que se prostituem. Com
isto não quero dizer propriamente
com impuros deste mundo, ou com os
avarentos, ou com os roubadores, ou com os idolatras.
Nesse caso vos seria necessário sair do
mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com
aquele que, dizendo-se
irmão, for devasso, ou
avarento, ou idolatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador. Com o tal nem ainda comais. Que
me importa de julgar os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? "
Não
esperamos que freqüentadores não-crentes coloquem sob controle os seus hábitos
pecaminosos ou que eles mudem os seus estilos de vida para poderem participar
de nossas reuniões. Ao contrário, eles são encorajados
a vir "do jeito que estão". A igreja é um hospital de pecadores. Preferimos que um pagão do sul da Califórnia freqüente o nosso culto da
multidão de shorts e com uma camiseta da Budweiser, do que ficar em casa ou ir para a praia. Se conseguirmos que
ele ouça o evangelho e veja algumas vidas mudadas, acreditamos que será apenas uma questão de tempo até que
ele abra o seu coração para Cristo.
Jesus
não disse: "Dê um jeito na sua vida e depois eu vou te salvar". Ele o
amou, mesmo antes de você mudar.
Ele espera que você
faça o mesmo com outras pessoas. Não consigo contar o grande número de casais que começaram a frequentar a nossa
comunidade vivendo juntos e que, depois de salvos, pediram que eu celebrasse o casamento. Recentemente
participei da cerimônia nupcial de um casal de novos convertidos que já morava junto há dezessete anos. Assim que
vieram para Cristo, disseram: 'Achamos que devemos nos casar". Eu disse: "Com certeza!" Santificação
vem somente depois ser salvo.
Não
existe método, nem programa ou tecnologia que possa substituir o amor pelos não-crentes. Nosso amor por Deus e pelas almas perdidas é o
que motivou nossa igreja a continuar crescendo. Isto também é o que me tem motivado a pregar em quatro cultos
a cada final de semana, por vários anos, por mais que seja desgastante. Acredite em mim, depois de
você pregar a mensagem para milhares de pessoas, não existe nenhuma vantagem pessoal em repetir a
mesma mensagem três vezes. Faço isso porque as pessoas precisam de Deus. O amor é o fator de motivação. O
amor não me deixa escolha.
Todas as vezes que sinto que o meu coração
está se esfriando para com aqueles que não conhecem a Cristo, eu me lembro da cruz. Esta é a tal maneira que Deus ama as
pessoas perdidas. Foi o amor, e não os pregos, que seguraram Jesus na cruz. Ele abriu os
seus braços e disse: 'Amo tanto as pessoas perdidas!" Quando os crentes amarem as pessoas com esta intensidade, a igreja
deles vai atrair milhares de pessoas.
Fonte: Pr. Rick Warren – Livro: Uma Igreja com Propósitos