AS SETE LEIS DO ENSINO
* Amélia Lemos Oliveira
O professor deve ser pessoa que conheça a lição ou verdade ou arte a ser ensinada.
AS LEIS EXPLICADAS COMO REGRAS
- Conhecer completa e familiarmente a lição que quer ensinar, ensinando com mente plena e claro conhecimento.
- Ganhar e conservar a atenção e o interesse dos alunos para a lição. Não tentar ensinar sem ter conseguido a atenção do aluno.
- Empregar palavras compreensíveis, tanto para você como para o aluno, usando sempre linguagem clara e vivida para ambos.
- Começar por aquilo que o aluno já conhece bem sobre o assunto e com aquilo que já faz parte da experiência dele; e avançar para a nova matéria através de degraus ou passos simples, fáceis e naturais, assim fazendo com que o conhecido explique o desconhecido.
- Estimular a mente do aluno para que ele aja por si. Fazer com que os pensamentos dele tanto quanto possível caminhem adiante das palavras do professor, assim colocando-o na posição de um descobridor, ou antecipador.
- Exigir que o aluno reproduza em pensamento a lição que está aprendendo, pensando ou rememorando em suas várias partes e aplicações, até que possa expressá-la em suas próprias palavras.
- Rever, rever, REVER, reproduzindo o que já foi ensinado, aprofundando suas impressões com novos pensamentos, ligando-o a significados adicionais, buscando e achando novas aplicações, corrigindo idéias falsas e compreendendo a verdade.
Ensinar é comunicar experiência, a qual pode ser de fatos, verdades, idéias, doutrinas, ou ideais, ou de processos ou habilidades duma arte. E Pode ser ensinada por meio de palavras, sinais, objetos, em suma, é a comunicação de experiência, no sentido de ajudar alguém a reproduzir a mesma experiência , tornando-a comum aos dois.
Não podemos esquecer que o bom ensino traz, consigo, organização. Sendo assim, o professor, diligentemente, levará os seus alunos a uma clara compreensão da verdade. Não podemos negar que os tais sempre desejaram plantar, nas mentes dos seus alunos, as verdades que ensinam.
1. A LEI DO PROFESSOR
É impossível que o mestre detenha todo o saber daquilo que vai ensinar. Mas Há algo que o tal não pode esquecer: o conhecimento imperfeito reflete-se no ensino imperfeito. Os alunos preferem ser liderados e ensinados por alguém em quem confiam. Quando o líder é incompetente e ignorante, é seguido sem interesse e com relutância.
O mestre não pode se esquecer de que as ciências são dotadas de estradas naturais que vão das visões mais simples às visões mais largas (das simples para as complexas) e ele deve encontrar esta estrada natural para que encaminhe adequadamente os seus alunos pelas vias do conhecimento, sem esquecer, jamais, de guiar os seus alunos na contemplação das belezas observáveis no caminho.
2. A LEI DO DISCÍPULO
É fundamental que ele se dedique com interesse à matéria a ser aprendida, fique absorvido, mantenha o foco de sua percepção no objeto do conhecimento, concentrando-se sentimentalmente nele. A atenção ativa (não leviana, que não se deixa conduzir para outros tipos de convites e atrações alheias à lição) é imprescindível para que se alcance o êxito resultante do esforço, sacrifício e persistência.
Os vigores da ação mental, como também o da ação muscular, são proporcionais ao estímulo recebido. Operamos com máxima eficiência quando descobrimos o real motivo de estarmos aprendendo. Quando a exigência é suficientemente forte, nossa atenção e interesse aumentam mais, proporcionando-nos melhores condições para assimilação dos conteúdos. Se os professores não estimularem o interesse, dificilmente terão condições de prender a atenção dos alunos.
Quando tratamos de crianças, devemos observar que seus interesses mudam de foco à medida que alcançam a maturidade: das coisas concretas e mais egocentralizadas para as abstratas. Observa-se, portanto, que o poder de atenção aumenta com o desenvolvimento mental. É por isto que o professor deve apresentar a lição de forma atrativa, fazendo uso de ilustrações e outros meios legítimos que não sejam fontes de distração.
3. A LEI DA LINGUAGEM
É por meio da linguagem que procuramos associar o pensamento com a vida e o mundo no qual vivemos. O professor só alcançará seus objetivos se utilizar uma linguagem comum a ele e ao aluno, pois o ouvinte entende e reproduz em sua mente uma mensagem que contém significados e impressões relevantes. Precisamos observar os poderes de sugestão de nossas palavras, para a projeção de imagens claras nas mentes dos alunos. Daí a necessidade de ajudarmos os nossos alunos a descobrirem e entesourarem as riquezas do saber.
Como instrumento do pensamento, a linguagem é a ferramenta que propicia a formação de conceitos, de novos pensamentos a respeito dos temas tratados. Por meio das palavras, fazemos redescobertas.
Também expressamos nossos pensamentos por meio de nossos gestos. Nossos ombros, olhos, mãos, pés também falam (Sl 19.1-5; Rm 1. 18-20).
Para fazer bom uso da linguagem, atendendo algumas regras de ensino, o professor deve:
BIBLIOGRAFIA
Esse texto contém, em síntese, as principais idéias contidas na obra citada abaixo:
GREGORY, John Milton. As sete leis do ensino. Trad. Ver. Waldemar W. Wey. 6. ed. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1987, 72 p.
Fonte: Portalebd.org.br