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Pregador, Evite Isso por Favor - por Roney Ricardo

Pregador, Evite Isso Por Favor!
           
Após alguns servindo ao Senhor, tenho coletado algumas informações fundamentais no âmbito da ética e da etiqueta para o obreiro no exercício da pregação bíblica. É importante que você leia com atenção cada uma dessas orientações e as pratique em seu ministério. Algumas pessoas consideram o que vamos abordar aqui algo um tanto "chato", mas muitos, por ignorar essas informações acabam cometendo verdadeiras "atrocidades" no púlpito. Daí a importância de você conhecer as orientações a seguir a fim de não cometer os erros decorrentes de se não observá-las. Desse modo, salientamos os erros não para valorizá-los, mas para conhecê-los e desse modo evitá-los. Sendo assim, pregador(a), evite os seguintes erros por favor:
            O erro de não tomar um texto bíblico como base do seu sermão. Seja qual for o tipo de sermão a ser pregado (temático, textual ou expositivo), a Bíblia é por excelência o Livro-texto do pregador; é dela que extraímos as verdades que vamos transmitir durante um sermão, daí a importância de se tomar sempre um texto bíblico como base para uma mensagem. Já ouvi sobre um caso em que determinado pregador não leu nenhum texto da Bíblia para transmitir o seu sermão. Isso é lamentável! A Bíblia é a nossa base, nosso alicerce, nossa mensagem. O mais conveniente é sempre ler o texto bíblico ao início da mensagem. Desse modo, a pregação deve partir sempre do texto bíblico.
           
O erro de não orar. Infelizmente, isso pode acontecer – um pregador não orar a Deus na preparação de suas mensagens. Por mais que o preletor (ou preletora) possua um grande cabedal de conhecimento bíblico, teológico e mesmo secular, é somente em oração que receberá de Deus poder para ministrar com intrepidez a Sua poderosa Palavra. É um grande erro nos apoiarmos em nossa própria sabedoria, não dependendo de Deus em oração para o exercício da pregação. Procure sempre cultivar uma vida de oração.
           
O erro de chegar atrasado ao culto. Há quem faça isso intencionalmente, para chamar a atenção mesmo. Mas o pregador que se preocupa em glorificar a Deus e simplesmente pregar a Sua Palavra, não atenta para isso. Porque razão não participar do culto? Seria melhor ainda chegar algum tempo antes do culto começar e orar a Deus pelo seu desenrolar, pedindo para que vidas sejam ganhas para Cristo e que tudo seja conduzido no culto de modo a agradar a Deus, inclusive o sermão que será pregado.
           
O erro de subir à tribuna e sair cumprimentando todas as pessoas que ali estiverem, caso tenha chegado atrasado(a) ao culto (o que é sempre bom evitar, digo mais uma vez). Lembro-me de ter visto certa feita um pastor chegar atrasado em um culto e fazer isso - sair cumprimentando todas as pessoas. Ele acabou chamando tanto a atenção no púlpito que o outro pastor que conduzia o congresso (lotado!) acabou parando de falar, por não conseguir mais se concentrar. Felizmente o pastor que dirigia o culto acabou levando a situação de forma bem humorada. Mas a verdade é que atrapalha muito. É falta de ética. Se você não conseguiu chegar no começo ou mesmo antes do culto começar, ao subir ao púlpito apenas acene com a mão para as pessoas. Isso já é suficiente. Esse ponto vale também para quem não estará assentado no púlpito, pois sair cumprimentando as pessoas quando o culto já começou, no púlpito ou fora dele, atrapalha o andamento do trabalho, para quem está ao microfone e para os demais que ouvem.
           
O erro de orar novamente ao passarem para você o microfone, caso alguém já tenha orado antes. Isso traz a impressão de que a oração feita pelo seu antecessor foi inválida ou que você está simplesmente ignorando a oração feita antes. Caso você deseje muito orar novamente, então peça licença à pessoa que já orou e faça a ressalva mostrando que não é sua intenção invalidar a oração já feita.
           
O erro de ser indiscreto no púlpito, usando brincadeiras que deixam as pessoas constrangidas ou em situações que possam causar algum tipo de mal estar. É claro que é sempre bom o pregador levar a congregação a interagir com a mensagem, mas faça isso de maneira equilibrada e moderada, sem excessos. Hoje em dia, tornou-se comum ouvirmos os pregadores dizerem: "faça isso", "faça aquilo", "diga isso", "diga aquilo", "levante", "bata no ombro do seu irmão e diga...", etc., etc. Lembro-me de ter assistido em um DVD a pregação de um conhecido pregador no Brasil. Durante a mensagem, veja o que ele disse: "dê um tapinha no ombro do seu irmão como quem está limpando caspa" (!) É realmente deprimente ouvir este tipo de coisa, ainda mais de uma pessoa de quem você espera conteúdo bíblico. Outra verdade que precisa ser dita aqui é que pessoas que usam excessivamente este tipo de coisa podem estar querendo, na verdade, é manipular a congregação com subterfúgios psicológicos, a fim de levar o povo a se mostrar animado durante a pregação. O pregador genuinamente bíblico simplesmente prega a Palavra de Deus e isso acima de tudo! Não estou dizendo com isso que o preletor não deve ser atento e preocupado com as pessoas que o irão ouvir, mas a exposição bíblica é mais que suficiente e ela não depende dessas inovações que estamos presenciando em nossos dias.
           
O erro de usar o microfone e o púlpito para desabafar. Isso é lamentável. Nas mãos do pregador o microfone é uma poderosa arma que ele deverá usar contra as forças das trevas, e não contra pessoas. Há pregadores que por estarem magoados com alguém presente durante o culto, usam o momento da pregação para descarregar no púlpito os seus sentimentos contra aquela pessoa, o que por si só já é um ato de covardia, pois uma vez que ele não tem coragem de ir diretamente àquela pessoa e resolver o problema, passa então a usar irresponsavelmente o microfone e o púlpito. Isso não traz nenhuma edificação, só confusão e mais problemas. Pessoas saem feridas e magoadas e quando não, a congregação fica toda dividida. Vigiemos!
           
            O erro de usar o microfone e o púlpito para lançar indiretas. Talvez você possa não concordar com alguma postura do pastor, ou de algum membro da igreja, enfim, de qualquer situação que possa estar relacionada à igreja. Todos tem o direito de ter uma opinião, mesmo que diferente da maioria. Mas nunca use o púlpito para lançar indiretas - o pregador deve ser franco e direto e só dizer no púlpito o que é apropriado. O púlpito não foi feito para a resolução de problemas internos da igreja ou entre pessoas, para isto existe o diálogo aberto e as reuniões que são realizadas periodicamente. Jamais use o púlpito e o microfone para lançar indiretas.
           
            O erro de tornar público problemas internos da igreja ou da denominação à qual você pertence. Lembre-se sempre: quando você prega, acaba se dirigindo à todo tipo de pessoas: crentes e não crentes, congregados, desviados, visitantes, novos convertidos, etc. Muitas pessoas poderão não saber como lidar com as informações transmitidas (que podem até ser verdadeiras) e acabarão até mesmo pecando contra o Senhor e perdendo a bênção.
           
O erro de não estar atento ao tipo de público ao qual você está se dirigindo. É fundamental que o pregador (ou a pregadora) esteja atento a isso, para que ele não venha ser incoerente com a mensagem que irá pregar em relação à congregação. Não estou dizendo aqui que o pregador deve ser tendencioso, tipo aquele que quando está entre os conservadores prega como um conservador, mas quando está entre os liberais, prega como os liberais. Não é isso que estamos sugerindo aqui, pois isto é falta de personalidade diante de Deus e da Igreja. O pregador deve sim transmitir o que Deus lhe dá, tendo convicção que recebeu DEle a mensagem. Mas é preciso que digamos que talvez você possa estar em algum momento diante de uma congregação que esteja chorando a morte de um membro que era muito querido, ou esteja vivendo um momento difícil por causa de problemas internos, etc. Desse modo, não é bom pregar uma mensagem admoestativa, corretiva. Pregadores há que pensam que a pregação deve sempre ser dura, repreensiva, truculenta. Não! Os profetas de Deus também foram chamados para consolar a Igreja e isto é fato. Por isso, esteja atento a isto.   


Professor Roney Ricardo,
casado com Dolarize e pai de Ester.
Pela graça de Deus, professor de teologia e palestrante
nas áreas de Bíblia, Teologia, Família e Educação Cristã.
Graduado em Teologia, Mestrando (intra corpus) em
Teologia Histórica, Psicanalista Clínico,
Pós Graduado em Metodologia do Ensino da
História e Geografia e Licenciando em Pedagogia.