- Trabalhem o conteúdo proposto na lição de forma participativa, buscando o envolvimento do aluno com a aula, além de contextualizar o tema com o tipo de aluno que você tem. Dessa, forma aprendizagem será mais significativa.
Compreendem a importância desse ato?
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- Falem do tema da aula: A Verdadeira Motivação do Crente.
- Leiam a fábula “A Agulha e a Linha” e reflitam sobre a fama, o anonimato, a disputa.
- Para concluir a aula, enfatizem qual deve ser a verdadeira motivação do crente.
Pensem nisto!
Fujam de uma ministração de aula puramente mecênica. Ensinar não é uma ato solitário. Mesmo que vocês tenham se habituado a essa atitude, procurem mudar, mesmo devagar, mas mudem. Utilizem métodos e técnicas diferecidadas nas aulas!
Dinâmica: Celebridade
Objetivo: Analisar quem deve ser o centro das atenções na vida de um cristão.
Material:
A expressão “O CENTRO DAS ATENÇÕES” digitada.
As palavras digitadas: FAMA, ANONIMATO, RECONHECIMENTO, EQUILÍBRIO, PODER, BOM SENSO, INFLUÊNCIA, ADMIRAÇÃO, SIMPLICIDADE, DISPUTA, HUMILDADE, SUCESSO.
Procedimento:
- Organizem os alunos em círculo e no centro coloquem a expressão “O CENTRO DAS ATENÇÕES”.
- Distribuam entre os alunos as palavras: FAMA, ANONIMATO, RECONHECIMENTO, EQUILÍBRIO, PODER, BOM SENSO, INFLUÊNCIA, ADMIRAÇÃO, SIMPLICIDADE, DISPUTA, HUMILDADE, SUCESSO.
- Solicitem que os alunos leiam cada palavra e coloquem ao redor da expressão que já se encontra no centro do círculo.
- Depois, reflitam sobre estas palavras relacionando-as com a expressão “O CENTRO DAS ATENÇÕES”.
- Enfatizem que muitas pessoas se tornam o centro das atenções, se destacarem por algum motivo, passam a ser celebridades, a ter fama, fãs e são enaltecidos por seus seguidores. Mas vejamos, a atitude de Jesus com relação a fama e anonimato.
- Então, leiam Marcos 1.40 a 45.
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- Continuem falando: O centro de nossas atenções e ações e pensamentos devem ser pautadas em Jesus, Ele é que merece ser glorificado. Leiam João 3.30 e Gálatas 6.14.
- Para concluir, leiam Mateus 6.1 a 5.
- Agora, continuem o estudo do tema da lição, observando outros pontos levantados na lição.
Fábula: “A Agulha e a Linha”( Um Apólogo de Machado de Assis)
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
- Deixe-me, senhora.
- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
- Mas você é orgulhosa.
- Decerto que sou.
- Mas por quê?
- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
- Também os batedores vão adiante do imperador.
- Você é imperador?
- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando.
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Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
- Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Tenham uma excelente e produtiva aula!
Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.
Por Sulamita Macedo. Fonte: Atitude de Aprendiz