"Toda vantagem tem suas desvantagens." É o que diz um provérbio latino. Teria, também, a Escola Dominical essa duplicidade? Seria, essa escola de educação cristã, um ambiente, no qual ao mesmo tempo que tem vantagens, apresenta desvantagens?
O que começou, tendo como base a necessidade de transformar uma sociedade com um futuro "comprometido", por conta da "delinqüência" das suas crianças; hoje, em muitos lugares, tornou-se apenas um "encontro marcado", uma oportunidade de "tirar algumas dúvidas" sobre a Bíblia. Em outras: apenas uma tradição, ou obrigação repassada por gerações de líderes à liturgia atual.É bem verdade, que nenhum sistema educacional cristão (aquele que é fundamentado na Bíblia Sagrada), deveria ter desvantagens. Afinal, qual a desvantagem de conhecer o Todo-Poderoso que domina sobre o Universo, o Senhor dos senhores, o Rei dos reis, o Criador de tudo e de todos, o mantenedor da vida; o "Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9.6)?
Que desvantagens poderia haver em conhecer alguém com essas qualidades, tendo a certeza de que o mesmo poderia mudar total e radicalmente qualquer sistema de vida adotado por nós, tornando-nos melhores do que jamais imaginássemos que poderíamos ser?
A resposta é: NENHUMA!
Então nosso artigo poderia ser encerrado aqui, desmintindo a proposição anterior de que haveriam desvantagens na Escola Dominical. Correto?
A resposta é: ERRADO!
Vejamos os motivos!
A Escola Dominical é um sistema, através do qual - mediante técnicas gerenciais e educacionais - o homem pode chegar ao "pleno conhecimento da verdade". Entretanto, esse sistema, é gerido por homens (dirigidos pelo Espírito Santo, claro! Mas...) que, por conta de suas imperfeições e incapacidade de perceber com exatidão o "impacto futuro" de determinadas decisões, acabam prejudicando o bom andamento e o alcance do verdadeiro objetivo - transformação.
A Escola Dominical, não é o fim (objetivo) da Educação Cristã; é o meio (caminho). Sendo a Escola Dominical o meio, torna-se passível de erros, desvios, deficiências, etc. Somente o fim é imutável: Deus
Quando a Escola Dominical apresenta desvantagens
Tendo em vista disso, vejamos algumas características que tornam a Escola Dominical desvantajosa, do ponto de vista pessoal e espiritual.
Quando não tem o foco específico no ensino.
Infelizmente, muitas Escolas Dominicais não tem foco no ensino. Perderam-se em um emaranhado de festividades, comemorações, debates polêmicos, cultos de adoração, etc.
Infelizmente, muitos responsáveis por Escolas Dominicais no Brasil a fora, na extremada ansiedade de "arrebatar" mais pessoas foram nas atratividades secundárias, ao invés de focar-se no essencial.
As atratividades podem ser utilizada para atrair a atenção; todavia, nunca podem ser usadas para manter o interesse, em detrimento do ensino eficaz.
Quando não há desenvolvimento espiritual e intelectual.
"E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus." (1 Coríntios 2:1-5).Veja a preocupação de Paulo: se não há foco no ensino, também não há desenvolvimento espiritual, nem intelectual. Por conta disso, sempre questiono as "pregações" em Escolas Dominicais.
Pregações "trabalham" o emocional, ativando as percepções básicas da situação espiritual e da necessidade de um salvador; desenvolvem também, uma percepção da necessidade de um relacionamento profundo com Deus. Por conta disso, as pregações utilizam-se, bastante, de "eloquência", palavras de ordem, movimentação e gesticulação (às vezes, extravagantes!), etc., independente do ritmo vocálico empregado pelo pregador.
Por sua vez, o ensino, trabalha o racional, ativando necessidades mais profundas, desenvolvendo uma necessidade de termos Deus como Senhor das nossas vidas; dão suporte, compreensão e segurança para um relacionamento com Deus; afinal, não nos manteremos em um relacionamento se não estivermos condições favoráveis à isso. No caso do cristão, informações bíblicas suficientes sobre Deus.
Esse papel é exercido, quase que exclusivamente, pela Escola Dominical.
Quando não está atrelada à Grande Comissão de Marcos 16.15.
Todas as atividades da Igreja, devem ter como objetivo, a salvação de almas. A salvação de almas é tão importante, que disso depende a vida espiritual da igreja. Vejamos o que Paulo disse à Timóteo, o supervisor de algumas igrejas:
"Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem." (1 Timóteo 4:16).
Nenhuma igreja - ou Escola Dominical - que não esteja atrelada à ordenança de Jesus Cristo - IDE! - terá crescimento constante. Pior: poderá morrer de inanição espiritual.
Quando não se preocupa com pessoas.
Nenhum sistema de gerenciamento - ou liderança - verá resultados satisfatórios, se o foco não estiver nas pessoas. Ensinar, por ensinar não resolve. Promover festas, apenas para promover, não adianta. Premiar alunos, apenas como integrantes de uma equipe vencedora, gera visão espiritual distorcida.
O foco de todas as ações promovidas, devem estar nas pessoas. Porque e para que ensinamos? Como sensibilizaremos as pessoas com as festas promovidas? O quanto as premiações incentivará as pessoas a participarem mais ativamente da Escola Dominical?
Acredito que muitos que lêem este artigo, se questionarão sobre como as atividades são executadas com ou sem foco nas pessoas. Vejamos alguns exemplos:
- Promove-se festas, apenas para aumentarmos o número de matriculados, por exemplo. Não estando preocupando com o futuro espiritual das pessoas; mas com a quantidade de matriculados.
- Premia-se os melhores alunos, e o maior motivo é que aquele aluno melhore seus resultados e os que não conseguiram, que se desenvolvam. Porém, o objetivo é mostrar alunos motivados, sem se preocupar com o desenvolvimento espiritual dos mesmos.
- Ensina-se apenas para demonstrar dotes intelectuais, independente de os ouvintes estarem compreendendo a necessidade de estar mais próximo de Deus.
Infelizmente, muitos líderes não estão preocupados com o desenvolvimento da Escola Dominical. Enquanto a liderança não colocar o ensino como foco principal na igreja que lidera, dificilmente, serão beneficiados com um crescimento quantitativo e qualitativo em suas igrejas.
A bem da verdade, é um descaso com "a salvação" dos homens, quando as lideranças das igrejas, não tem o ensino como parte principal e fundamental nos seus programas.
Quando não há aprimoramento das metodologias.
Há quanto tempo a metodologia de ensino dos professores de Escola Dominical das nossas igrejas permanecem com os mesmos métodos.
As novidades tecnológicas, necessidades específicas e objetivos diferenciados devem ser motivadores para a utilização de novas metodologias que adapte às atuais necessidades de cada aluno.
E sua Escola Dominical, como anda? Ela tem apresentado mais vantagens ou mais desvantagens para quem participa? Tem conseguido atrair pessoas e conscientizá-las da necessidade e urgência de uma verdadeira mudança de vida?
Deixe sua opinião aqui embaixo, na seção Comentários....
Fonte: http://www.ebdnota10.com.br
NETANIAS DOS SANTOS
Bacharel e Licenciado em Pedagogia (FATEBOV). Licenciado em Filosofia (FAEME) e Ciência da Religião (ITEFIB). Pós-graduado em Psicopedagogia Clínica e Institucional (FAEME) e Extensão Universitária em Coaching e Gestão de Equipes (PORTAL EDUCAÇÃO). Cursando Bacharelado em Teologia (FEST).
Há quase 15 anos trabalhando como professor Secular, de Educação Cristã e Superintendência de EBD. Pesquisador e escritor em áreas da Teologia, Escola Dominical, Liderança, Motivação Pessoal e Família.
Contatos para Palestras: contato@institutodeteologialogos.com.br ou (99)8124-0460 - TIM.
Bacharel e Licenciado em Pedagogia (FATEBOV). Licenciado em Filosofia (FAEME) e Ciência da Religião (ITEFIB). Pós-graduado em Psicopedagogia Clínica e Institucional (FAEME) e Extensão Universitária em Coaching e Gestão de Equipes (PORTAL EDUCAÇÃO). Cursando Bacharelado em Teologia (FEST).
Há quase 15 anos trabalhando como professor Secular, de Educação Cristã e Superintendência de EBD. Pesquisador e escritor em áreas da Teologia, Escola Dominical, Liderança, Motivação Pessoal e Família.
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